“Você tem duas escolhas”, disse o médico a Dave Lane. “Se fizermos a cirurgia agora, você sobreviverá cerca de três meses. Sem ela, tem trinta dias de vida”.
Essas palavras vieram como um choque total. Com quase 1,82m de altura, cabelos e barba pretos, Dave era o perfeito retrato da saúde. Já havia alcançado os 41 anos de idade, mas era como se tivesse vinte. “Eu amava a vida mais que tudo”, disse.
Era o verão de 1990. Dave Lane e sua esposa, Rebeca, haviam passado mais de uma década cuidando de uma bem sucedida fazenda de cavalos árabes perto de Cookevile, no Tennessee. “Muscats”, um bem conhecido reprodutor e campeão, vivia em sua propriedade, além de mais de vinte cavalos árabes puro-sangue.
Certo dia, entretanto, o corpo de Dave começou a dizer-lhe que alguma coisa não ia bem. “Senti um inchaço estranho em meu estômago e muita dor. Estava também perdendo sangue.”
“A Coisa Está Feia”
Na Sexta-feira, 15 de junho de 1990, ele marcou uma consulta médica. O exame não durou muito. O médico disse, “Sr. Lane, precisa fazer outros exames e quero que os faça agora”.
Dave Lane jamais esquecerá aquele dia. “Quando chegamos ao hospital, meu médico me apresentou a um cirurgião e eles me prepararam para um exame completo do cólon”.
“Sr. Lane”, um dos médicos lhe disse, “a coisa está feia.”
Os médicos encontraram um tumor tão grande que não puderam passar por ele para examinar o restante da parte baixa do cólon. Eles apressaram a biópsia no laboratório. O resultado confirmou o que temiam, No relatório de patologia cirúrgica, o diagnóstico final dizia: “Grande massa (biópsia): Adenocarcinoma do Cólon”. Esse é o nome técnico para o tumor maligno.
Dave afirma, “Eles expressaram sua preocupação com o tamanho considerável da massa cancerosa e com o tempo que se passara desde o seu início”.
O tumor encontrado pelos médicos era um pouco maior que uma bola de beisebol. O que eles não haviam encontrado preocupou-os ainda mais. Tiveram de ser honestos com Dave e explicar que talvez houvesse tumores adicionais depois do bloqueio, nas áreas que não tinham podido ver.
Era sexta-feira e um dos médicos planejara sair da cidade no fim de semana. Mas ele estava pronto para alterar sua agenda por causa da urgência da situação. “Precisamos remover o tumor com a maior brevidade possível”, disse o médico a Dave.
Depois de discutir o assunto com os médicos, Dave decidiu que deveria consultar outro, para conseguir uma segunda opinião.
Fez isso, mas o prognóstico foi o mesmo. Ele chegou a ir a uma terceira clínica e recebeu as mesmas notícias terríveis.
Dave conta: “Disseram-me que se não tomasse uma decisão, o câncer invadiria outros órgãos vitais do meu corpo”. Os médicos estavam especialmente preocupados com a idéia dele se espalhar para o fígado e fazer com que cessasse a reprodução de células.
Quanto mais Dave conversava com os médicos, mais aflito se tornava. Ficou sabendo que por causa da extensa cirurgia a qual iria submeter-se, e o possível envolvimento do tumor com a sua espinha, e talvez ficasse paraplégico. Também foi informado que provavelmente perderia todas as funções do intestino e da bexiga.
O prognóstico era péssimo e ele sentiu-se completamente vencido pelas circunstâncias.
“Certo dia fui ao médico para uma consulta que julgava banal e fiquei sabendo que tinha câncer e ia morrer”, disse ele.
As palavras do médico continuaram soando em seus ouvidos: “Você tem trinta dias de vida. Você tem trinta dias de vida”.
“Nada de Cirurgia para Mim”
Em casa, Dave disse à sua mulher, Rebeca: “Querida, os médicos disseram que vou morrer com ou sem a cirurgia. Decidi não fazê-la”.
Em vez disso, fez planos para passar os últimos dias de sua vida com a família. Ele começou a colocar seus negócios pessoais em ordem.
O médico ficou preocupado com a relutância de Dave em discutir a situação e lhe escreveu uma carta.
“Prezado Sr. Lane: Tentei telefonar-lhe várias vezes, mas o senhor estava fora da cidade o não podia atender”.
Conversei com seu filho e soube que não tomou qualquer providência sobre o câncer em seu reto. Aconselho-o a tratar desse problema com a maior urgência. O câncer do reto é uma doença séria e quase sempre fatal se não for tratada. Ele irá provavelmente espalhar-se para outras partes do corpo se não for removido. “Se não for tratado e se espalhar, será então improvável que o senhor se cure”, escreveu o médico.
Para Dave Lane só havia uma esperança de sobrevivência. Era algo que tinha certeza que os médicos e cirurgiões nunca entenderiam.
Dave Lanese tornara cristão bem cedo em sua vida. Era ativo na igreja. No ano anterior, Dave servira fielmente a Deus num ministério na prisão. Como resultado de seus encontros nas cadeias e penitenciárias locais, ele vira vários prisioneiros transformados pelo poder de Deus.
A igreja em que Dave crescera, no entanto, cria que o poder de Deus para curar estava limitado aos dias do Novo Testamento. Mas quanto mais lia a Palavra, tanto mais convencido ficava de que o Senhor é o mesmo “ontem, hoje e para sempre”.
Não havia agora ninguém mais a quem recorrer. Os médicos tinham pronunciado uma sentença de morte.
“Senhor”, orou ele, “preciso de um milagre”.
BENNY HINN
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