quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
O BOM SAMARITANO.
“Disse, pois Jesus: vai, e faze da mesma maneira". (Lucas 10:37)
A parábola do Bom Samaritano é muito conhecida e muito comum. Nos dias de hoje encontrarmos instituições de caridade, hospitais, asilos e orfanatos que usam este nome: “O Bom Samaritano”. Inclusive, em Israel, no caminho de Jerusalém para Jericó, existe um hotel para os turistas que viajam à Terra Santa se hospedarem chamado Hospedaria do Bom Samaritano.
E Jesus, nesta ocasião do versículo acima, estava indo para Jerusalém quando de repente foi questionado por um intérprete da Lei que lhe indagava: “E quem é o meu próximo”. E Jesus começou a dizer: “Um certo homem descia de Jerusalém para Jericó...”. Esta estrada que levava as pessoas de uma cidade a outra tinha 28 Km de distância.
E ela era conhecida como o “Caminho de Sangue” por causa da insegurança e dos assaltos que eram freqüentes naquele lugar. O caminho sinuoso, pedregoso, que ia de Jerusalém a Jericó, em apenas 28km descia mil metros. Jericó, uma das mais velhas cidades do mundo, está a 350 m abaixo do nível do mar, formando um oásis numa região desértica.
O caminho entre Jericó e Jerusalém era conhecido pelos assaltos. O deserto, as cavernas e gargantas facilitavam o esconderijo e a fuga. O caminho era bastante usado, por ser, então, a única subida do vale do Jordão para a Cidade Santa. Negócios, obrigações legais e religiosas faziam movimentar a estrada perigosa, onde os viajantes costumavam subir ou descer em grupos, para se protegerem. Muitos sacerdotes que prestavam serviços no templo de Jerusalém, moravam em Jericó, assim como os levitas, que eram os serviçais e cantores do templo.
Este homem que descia para Jericó, Jesus não fala acerca da sua nacionalidade, da sua raça, se era branco ou negro, se era rico ou pobre. Este homem de repente se viu numa emboscada, caindo nas mãos dos salteadores, foi sem piedade assaltado e, reagindo ao assalto ele foi espancado; roubaram-lhe todos os seus pe rtences, o feriram bastante e o deixaram como morto aos trapos à beira do caminho. A lição de Jesus está em dizer que a misericórdia exige que se deixe de lado o bem-estar pessoal para socorrer um necessitado. Noutra ocasião, Jesus foi ainda mais explícito, citando o profeta Oséias: “Quero misericórdia e não sacrifícios”. Mt 9:13/Mt 12:7
Quem perguntou sobre o infeliz que caiu nas mãos dos ladrões foi um doutor da lei, portanto, um judeu. E os judeus restringiam muito os que podiam ser denominados próximo: eram só familiares, os que tinham o mesmo sangue, os compatriotas observantes da Lei Mosaica, os pagãos que adotassem as leis, a fé e as tradições judaicas, desde que circuncidados. Ficavam expressamente excluídos os estrangeiros, os que trabalhavam para estrangeiros, os inimigos de qualquer espécie, a plebe ignorante, os que exerciam certas profissões que facilitavam a impureza legal - a pesca, o pastoreio, o curtimento de couros -, os pobres e os leprosos. A lição de Jesus é clara e inovadora, de maneira forte: a misericórdia não tem fronteiras religiosas, geográficas ou de sangue. A misericórdia não faz restrições, ela é obrigação de todos. Tg 2:13/Cl 3:12
O semi-morto é um desconhecido, um anônimo, mas um ser humano. Quem o atende é um samaritano que, para o doutor da lei, é estrangeiro, inimigo e pecador. O homem desprezado pelo escriba é apresentado por Jesus como exemplo de misericórdia, porque socorreu um irmão necessitado, sem saber quem era, sem medir perigos e conseqüências. Assim deve ser o verdadeiro discípulo de Jesus na nova comunidade. A dureza de coração e a supremacia dos interesses pessoais, mesmo se sagrados, devem ceder lugar à misericórdia. O próprio Jesus é o grande modelo: deixou seu LUGAR DE GLÓRIA para recolher e curar o ser humano assaltado pela força do mal e deixado ferido à beira da estrada da vida.1 Jo 3:17
Se vemos Jesus figurado no samaritano, podemos dizer que Jesus é o modelo perfeito do verdadeiro discípulo.
Mas vamos agora interpretar esta parábola do Senhor Jesus. Nós falamos do Homem à beira do caminho, ferido, impotente, incapaz de conseguir sozinho a sua salvação. Este é o pecador, éramos nós antes de conhecermos a Jesus.
Os salteadores são os demônios e os seus anjos, que querem matar, roubar e destruir;
O sacerdote e o levita representam a Lei, a velha aliança; e a Lei e a velha aliança não salvam ninguém. Vivemos, graças a Deus, no tempo da graça;
O samaritano é Jesus;
O óleo é o Espírito Santo;
O vinho é o sangue de Jesus que cura o pecador;
A hospedaria é a igreja;
As duas moedas são os dois mandamentos:
1º Mandamento: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e todas as tuas forças".
2º Mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
O dono da hospedaria é Deus!
Deus te abençoe!
Pr. Max (Sacerdote da Fé)
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