A semana que fecha a quarentena após o Carnaval é conhecida, no mundo cristão como “Semana Santa”. Uma semana muito marcante, na qual decisões importantes devem ser resolvidas. São momentos de reflexões sobre escolhas. Toda família se reúne para, enfim, deliberar até chegar a um acordo comum sobre: qual vai ser o número do ovo de páscoa e que recheio vai agradar mais? Ir para qual praia desta vez? Alongar o feriado ou não? Por ou não pegadas de coelhinhos quando esconder os ovos?
Essas são as difíceis questões que representam a semana mais importante da humanidade.
Semana em que uma ponte em forma de cruz foi erguida para a reconciliação da Criatura com Seu Criador. Semana em que Deus cumpre a sua primeira promessa: Seu Filho, nascido de mulher, esmagou a cabeça da serpente. Semana em que o universo se dobrou ao único e eterno Rei, eternamente. Semana prevista, ansiada e escritas por dezenas de pessoas, por milhares de anos no livro mais lido e mais lindo. Quantos choraram por essa semana. Quantos morreram por ela. Quantos viveram por ela. Semana em que a morte recuou, declinou o seu poder. Semana do nascimento da Graça.
Chamamos de santa a semana em que todo o pecado do mundo escancarou em tons vermelhos sobre o único Santo. Tons tão evidentes que o Pai escondeu seu rosto. A maior de todas as dores, o preço do pecado. O alimento mais amargo. A separação.
A semana santa está longe de ter cheiro de chocolate. Seu aroma é de liberdade, é de reconciliação. A semana mais linda de todos os tempos. Santa por causa do Santo. E, me desculpe se lhe frustro, mas coelhos não botam ovos! “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. (João 1.29 b)
::Nilma Gracia Araujo
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